Em sua 21ª edição, o Dia Nacional do Campo Limpo revela como a união entre os elos da cadeia agrícola transforma a correta destinação de embalagens vazias em ativo estratégico para o agronegócio brasileiro.
Diante de tantos desafios para aumentar a produção agrícola com o menor impacto ambiental possível, para garantir a segurança alimentar de milhões de pessoas e sem deixar de lado a qualidade, o agronegócio brasileiro tem mostrado que é possível aliar produtividade com sustentabilidade e produzir com responsabilidade. Um dos exemplos é o Sistema Campo Limpo, referência mundial em logística reversa de embalagens vazias de defensivos agrícolas, que celebra no dia 18 de agosto, em todo o território nacional, a 21ª edição do Dia Nacional do Campo Limpo (DNCL).
Trata-se de uma comemoração e um momento estratégico de mobilização nacional, onde agricultores, canais de distribuição, recicladores, indústria e o poder público se unem para celebrar os grandes resultados em torno de um objetivo comum: garantir a destinação ambientalmente correta das embalagens vazias, em uma ação conjunta que atua diretamente para a construção de um agro cada vez mais sustentável.
Desde 2002, o Sistema Campo Limpo já destinou mais de 800 mil toneladas de embalagens vazias de forma ambientalmente correta. Em 2024, foram mais de 68,5 mil toneladas devolvidas e encaminhadas para reciclagem ou incineração segura, um recorde que representa um aumento de 29% em relação ao ano anterior. O avanço reflete a eficiência e o compromisso conjunto de toda a cadeia agrícola.
“É a união que faz o Sistema funcionar: os agricultores devolvem as embalagens, os canais de distribuição orientam sobre o local de devolução, a indústria faz a logística reversa ao promover a destinação adequada e o poder público é responsável por fiscalizar todo esse processo”, explica Marcelo Okamura, diretor-presidente do inpEV, instituição que representa a indústria fabricante no Sistema.
Ao transformar resíduos sólidos em insumos recicláveis, como novas embalagens, conduites, que são usados na construção civil e outros artefatos, o Sistema Campo Limpo reduz a extração de matérias-primas virgens, o uso de energia e de água, além da emissão de gases de efeito estufa (GEE). Esse ciclo virtuoso tem impacto direto na responsabilidade ambiental e governança sustentável.
Além dos ganhos ambientais, o Sistema gera oportunidades sociais. Para a produtora rural Aline Zanin, a devolução das embalagens é um ato simples, mas de grande impacto: “Além de contribuir para a conservação do meio ambiente, ajuda também com a geração de emprego e, reduzindo os gastos, ajuda o produto a ser menos custoso para o próprio consumidor. É uma contraprestação de ajuda que nos engrandece.”
O Dia Nacional do Campo Limpo também é espaço de educação e diálogo. Com o objetivo de conscientizar, as celebrações promovem ações locais, eventos em escolas, palestras técnicas, solenidades públicas com parceiras e homenagens, que mobilizam milhares de pessoas em todo o Brasil.
Este será ainda o primeiro DNCL sob a nova assinatura do Sistema Campo Limpo: “Por um destino melhor”. Adotada em maio, a mensagem traduz a força da colaboração entre os elos da cadeia agrícola e simboliza o compromisso com a responsabilidade socioambiental. Enquanto o mundo discute soluções para a conservação ambiental e ações que garantam uma sustentabilidade efetiva, o Brasil apresenta resultados concretos e serve como modelo global de logística reversa com o Sistema Campo Limpo.