Congresso da Soja em meio aos desafios da nova ordem global

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Evento reúne 2 mil participantes de cinco países e mostra que o futuro da soja depende de biotecnologia, dados, diversificação de mercados e uma nova diplomacia agrícola

Nenhum outro grão representa tanto para o agronegócio brasileiro quanto a soja. Em 2024, o complexo respondeu por 6,4% do PIB nacional e sustentou cerca de dois milhões de empregos. Mas se o presente é promissor, o futuro exige decisões estratégicas. Foi com essa premissa que o 10º Congresso Brasileiro de Soja (CBSoja) e o Mercosoja 2025, realizado entre 21 e 24 de julho em Campinas (SP), reuniu mais de 2 mil pessoas para discutir, com base em ciência, os próximos passos da oleaginosa no Brasil e no mundo.

Organizado pela Embrapa Soja, o congresso técnico-científico mais relevante da cadeia também celebrou os 100 anos da introdução da soja no país. A programação incluiu quatro conferências, 15 painéis e cerca de 50 palestras com especialistas do Brasil, China, Canadá, Argentina e Estados Unidos, além da apresentação de 321 trabalhos científicos e a presença de cerca de 50 empresas na Arena de Inovação.

“Essa edição nos permitiu olhar para o passado, entender os avanços e, principalmente, refletir sobre os desafios técnicos e estratégicos que temos pela frente”, afirma Fernando Henning, presidente do congresso e pesquisador da Embrapa. Entre os temas centrais estiveram os gargalos de logística, as oportunidades de nicho e os riscos associados à forte concentração das exportações no mercado chinês.

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