Executivo aponta análise de dados como chave para decisões e lucro

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O ambiente empresarial, hoje, é repleto de informações digitais, mas o simples acesso a dados já deixou de ser um diferencial. É a capacidade de transformar esse volume bruto em inteligência estratégica que realmente impulsiona o crescimento e a vantagem competitiva. Essa é a visão de Fábio de Mello, CEO da Brid Soluções, empresa brasileira de tecnologia especializada em transformação digital para o agronegócio.

Mello destaca a complexidade da gestão de dados e a necessidade urgente de as organizações modernas irem além da coleta. “A mera posse de dados, por mais volumosa que seja, não garante sucesso. O verdadeiro diferencial reside na capacidade de não apenas coletá-los, mas de analisá-los profundamente para extrair seu valor essencial”, afirma o executivo.

A analogia do matemático britânico Clive Humby, de que “dados são o novo petróleo”, ressurge com força na análise de Mello. Assim como o petróleo bruto, os dados exigem refino, análise e processamento para que seu valor real seja desvendado. No ambiente corporativo do agro atual, com a proliferação de dados de diversos tipos, armazenados em ambientes variados (nuvem ou on-premises) e manipulados por múltiplas equipes, os riscos de decisões equivocadas baseadas em informações não qualificadas são altíssimos.

Do caos à ação – Para Mello, a solução para essa “explosão de dados” reside na qualificação, estruturação e organização, processo que a Brid chama de “jornada do dado”. Essa jornada compreende etapas fundamentais que garantem a qualidade e a aplicabilidade das informações:

1.⁠ ⁠Coleta inteligente: reunir informações de diversas origens (interna ou externa, real-time, estruturada e não estruturada) de forma eficiente.

2.⁠ ⁠Transformação e sentido: aplicar tecnologias de ETL (Extract, Transform, Load) ou ELT (Extract, Load, Transform) para processar os dados, dando-lhes significado, com flexibilidade para escolha de ambientes (nuvem, on-premises ou híbrido).

3.⁠ ⁠Tratamento e governança: qualificar os dados, gerando confiança em sua aplicação. Essa fase é essencial para a governança das informações, garantindo que estejam prontas para a tomada de decisão assertiva e segura.

4.⁠ ⁠Distribuição para análise: disponibilizar os dados de forma que softwares analíticos e intuitivos permitam que todos na organização – e não apenas a alta gerência – possam criar suas próprias análises e tomar decisões baseadas em fatos, e não no “feeling” ou intuição.

“A inteligência não está em acumular, mas em saber aplicar a informação colhida. Somente assim os dados se tornam um ativo estratégico, e não apenas um volume a ser gerenciado”, reflete Fábio de Mello.

O CEO reforça a importância de que as empresas brasileiras invistam não só em tecnologia para coleta, maquinários, mas principalmente em metodologias e cultura de análise de dados. “É essa abordagem que transformará o gigantesco volume de informações disponível em lucro, inovação e, acima de tudo, em uma vantagem competitiva sustentável”, destaca.

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